sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sem desalento

























Sem desalento

Voltei...
trazido pelo resto de um vento do meu alento

Para te ver...
com os pés a tocar a borda da água borbulhante,
miragem de deleite enrolada no areal escaldante

E fiquei...
na sombra cálida e refrescante do teu ventre
abrigado pela mão quente do teu saber inocente

A amar-te...
a sentir a magnitude aveludada dos teus beijos
eternizados na minha tez por um infinito instante
assim tranquilo por nele te ver tão bem e constante!

E voltarei...
para te apagar todos os desalentos nos meus braços,
para domar ventos que soprem a sufocar-te o encanto
e as rabanadas inóspitas e cruéis que te tragam pranto!

Uma e outra vez...
para te proteger da untuosidade trapaceira ou só incapaz
dessa meia humanidade sempre alcoviteira ou só mordaz.

Para te sentir,
talvez beijar...

Para te olhar
ou só adorar!


18.06.2009
Filipe Nasi